Arquivo mensal: novembro 2011

viravolta

acordei descrente

e como de costume 

lavei o cabelo pra tirar o sebo  amarelado do desconsolo

e o vício do corpo inerte

cortei à lâmina 

os próprios fios mesclados na minha garganta

cortei meu sono

empreendi mil maneiras de amanhecer um sol

um pleito de muitos

derrota de todos

e faz algum tempo que não me vejo aqui